quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Diocese de CG apoia a Campanha SOS Seca PB promovida pela Assembleia Legislativa


A Assembleia Legislativa da Paraíba está a todo vapor na busca de assinaturas para a Campanha SOS Seca PB. Esta campanha visa cobrar soluções urgentes e duradouras para amenizar a situação de calamidade enfrentada pela população nordestina em decorrência da estiagem.
Com a Campanha, a ALPB pretende levar ao Governo Federal diversos pleitos na 'Carta da Paraíba' e no relatório final da Caravana da Seca, que percorreu dois mil quilômetros e passou por mais de 50 municípios no Estado.

Para que estes pleitos ganhem força, a ALPB iniciou um abaixo-assinado para coletar assinaturas de toda a região. As coletas de assinaturas estão acontecendo em diversos setores e vão acontecer nos encontros de Carnaval que acontecem em Campina Grande, como no Crescer, Encontro da Nova Consciência e Consciência Cristã.

Mas todos podem assinar este abaixo-assinado através da internet , no site peticaopublica.com.br/Sosseca
A Diocese de Campina Grande, que esteve representada no lançamento da Campanha no dia 15 de janeiro em João Pessoa, apoia a iniciativa.

Participe desta iniciativa e colabore com sua assinatura.


Conheça as ações que serão cobradas do Governo Federal com a Campanha:

AÇÕES DE FORTALECIMENTO DA INFRAESTRUTURA HÍDRICA

• Conclusão, em caráter absolutamente urgente e prioritário, das obras de transposição do Rio São Francisco para os Estados da Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Ceará;
• Implementação, também em caráter urgente e prioritário, de obras de esgotamento sanitário dos municípios às margens dos rios ou canais da transposição, de tal forma que não se poluam essas águas, essenciais para o abastecimento humano;
• Construção de novas barragens receptoras das águas do São Francisco e ampliação das regiões beneficiadas com a transposição;
• Alocação de recursos no OGU para a construção de adutoras para as cidades e comunidades rurais, conforme a Lei Brasileira de Recursos Hídricos (Lei 9.433/1997), complementando os projetos já existentes em todos os Estados nordestinos;
• Perenização dos rios intermitentes do semiárido, através da implantação de barragens subterrâneas, utilizando as tecnologias simplificadas, de baixo custo e rápida execução, como a de lona, já bem difundida na região;
• Garantia de pelo menos um ponto de água potável (poços ou cisternas de placa ou de calçadão, ou qualquer outra tecnologia), em cada propriedade rural, de forma a garantir o abastecimento humano;
• Integração de bacias dos principais rios intermitentes, nos diversos Estados, que viabilizem o armazenamento e a distribuição de água, em complemento e suporte à transposição do São Francisco;
• Construção de pequenos açudes, barreiros e aguadas, com vistas à dessedentação animal e à irrigação de salvação da agricultura familiar.
• Adoção de políticas públicas participativamente construídas com os Comitês de Bacias e representantes das diversas regiões envolvidas, com vistas à segurança hídrica e a outros temas estratégicos no semiárido brasileiro;
• Ampliação do Programa Federal de recuperação e revitalização dos perímetros irrigados com viabilidade econômica, com aproveitamento mais eficiente do uso da água;
• Instalação de medidores elétricos especiais do Programa Tarifa Verde nos mananciais com segurança hídrica e que tenham área com solos aptos, com linhas de crédito subsidiadas para pequenos projetos de irrigação.

AÇÕES DE FORTALECIMENTO DA ECONOMIA RURAL

• Estímulo e apoio à recuperação dos rebanhos (bovino, caprino e ovino) e à retomada de atividades agrícolas, com ênfase em culturas adaptadas e resistentes à seca;
• Apoio à reorganização da comercialização de produtos da agricultura familiar, articulando-se o mercado aberto e os mercados institucionais, a exemplo de hospitais, escolas, creches e presídios;
• Solução imediata e definitiva para o endividamento dos produtores do semiárido do Nordeste, junto às instituições financeiras oficiais, com subsídios dos juros e correções da dívida, mediante compromissos e metas de geração de emprego e manutenção dos rebanhos;
• Suspensão imediata das execuções de dívidas rurais em todo o Nordeste e das restrições cadastrais a esses devedores;
• Disponibilização de novos empréstimos com juros diferenciados, com vistas à retomada da atividade econômica e à recomposição dos rebanhos nas áreas atingidas pela seca;
• Execução de programas efetivos de geração de renda para que o sertanejo não transforme o que resta do bioma Caatinga em meio de vida, de subsistência e em carvão;
• Capacitação dos jovens do meio rural através de cursos profissionalizantes que obedeçam e respeitem as vocações regionais;
• Execução de programas permanentes de apoio e incentivo à produção, à silagem, fenagem e oferta de forragens para alimentação animal, com ênfase para espécies resistentes e subprodutos da indústria regional, como o bagaço de cana;
• Retomada do cultivo da palma forrageira resistente à cochonilha do carmim, através da implantação de bancos de produção de raquetes para distribuição com os produtores;
• Fortalecimento das ações da Emater, hoje praticamente extintas, nas áreas de assentamento da reforma agrária e de agricultores familiares tradicionais, para organização da produção e acesso aos mercados;
• Continuidade do programa de distribuição de milho e torta de algodão, com logística que permita segurança, pontualidade e assistência efetiva ao produtor, por parte da Conab;
• Decretação de estado de emergência no Nordeste, de forma a facilitar as licitações para o transporte do milho desse programa de distribuição para os portos regionais.
• Criação de fontes permanentes de recursos para estudos e pesquisas do bioma Caatinga, visando sua preservação e exploração econômica racional e sustentável;
• Criação de um PAC do semiárido nordestino, voltado para programas de convivência com a seca;
• Criação, pelo Governo Federal, de um Fundo Permanente de Convivência com a Seca.

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